quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

VÓ BRASILINA A PARTEIRA DE COREAÚ

BRASILINA AURINO DAMASCENO, esse era o nome de batismo de Vó Brasilina, uma das mais importantes parteiras (cachimbeira) de nosso Município, nascida em berço simples, filha de Dona Maria Francisca do Nascimento e do Sr. Vicente Rodrigues Damasceno. Vinda de uma família numerosa tinha seis irmãos: Nazaré, Nazinha, Neném, Raimunda, Benedita e Joaquim, porém, não se sabe precisar com clareza a data de seu nascimento, quando perguntada por mim sobre a data de seu nascimento, ela dizia apenas “não sei meu fio só sei que na era dos três oitos”, (1888), eu já tinha uns 13 anos, isso ela me disse por muitas vezes.
Começou a profissão de parteira quando naquela época chamavam de “cachimbeira” já com mais de trinta anos, pois na época devido aos conceitos morais seria inviável exercer a profissão de parteira com idade mínima, ou que não fosse casada. Não temos informação a respeito do primeiro trabalho de parto, mas o seu ultimo foi de sua neta, Maria Elci Pinto em janeiro de 1971.
Vó Brasilina foi casada com Raimundo Pinto de Mesquita, dessa união teve gerado sete filhos: Virginia Pinto (Dona Gina), Rita Doca, Vicente Doca, Chico Doca, Raimundo Doca, Chagas Doca e Jose Doca, desses ainda estão vivos ate hoje o Vicente Doca e Dona Gina (Virginia).  Já sem a visão e um pouco surda, mas, muito lúcida, nossa parteira, morreu no dia 07 de Dezembro de 1982 na casa de dona Gina com quem morava e por quem era cuidada já há alguns anos com muito amor e carinho, devido a sua cegueira.
Tendo completado neste dezembro de 2010, 28 anos de sua morte, e ainda muito querida e lembrada, recentemente na Administração do Prefeito Francisco Cristino Moreira (Chico da Bomba) foi homenageada com uma praça que leva seu nome, localizada em frente a sua casa no bairro do Cemitério, mostrando assim o respeito, a importância e o agradecimento do povo de nossa terra a essa ilustre coreauense.  
Lição de vida ensinada por Vó Brasilina: “Meu fio onde você ver as coisas deixe-a, não ouvi, não sei e não vi, cabem em todo canto”.

Escrito por Manchão

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